Quatro indivíduos, com idades entre 25 e 60 anos, estão detidos na terceira esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Pemba, suspeitos de integrar uma rede criminosa responsável por vários assaltos nos bairros Eduardo Mondlane e Alto Gingone.
Segundo a PRM, os detidos são ex-reclusos que se conheceram durante o cumprimento de penas numa cadeia de máxima segurança em Cabo Delgado. Três dos suspeitos confessaram participação direta nos crimes, enquanto o quarto é acusado de adquirir bens furtados.
“Todos eles já passaram pela polícia, todos eles já foram julgados e alguns deles estão em liberdade condicional sob o termo de identidade de residência. Ocorre que no momento da sua detenção foi possível de ter mais dois dos quatro aqui apresentados, um deles que era o acolhedor, que segundo os mesmos teriam conhecido-se quando encontravam-se nos estabelecimentos penitenciários a cumprida em pena e depois da detenção dos mesmos foi possível ter a informação de que estes estavam em coordenação com outros que encontram-se a monte, no sentido de desenharem um plano de ação para um futuro assalto." - avançou Eugénia Nhamussua, porta-voz do Comando provincial da PRM em Cabo Delgado
Os indiciados são confessos.
"Eu roubei com manguala e chave fenda, que é o material que eu estou a usar. Então roubamos e saímos e foi, descoberto, e saí daqui para Montepuez e vieram me recolher lá". - confessou um dos detidos
"Eu fui detido no ano de 2024, tinha feito assalto, mão armada e ele me conheci na cadeia, no pé ó, cadeia máxima segurança daqui de Cabo Delegado. Ligou dizer que eu quero convidar a eles, quero vos convidar para trabalharmos juntos para irmos roubar e nós perguntamos, você nos conhece, o próprio velho perguntou, você me conhece? Ele disse, eu não te conheço, nunca trabalhei contigo, mas quero trabalhar contigo, tem chineses, não sei dizer, moeda, para irmos roubar dinheiro." - avançou outro detido
Já o comprador alega não saber que a mercadoria era de origem duvidosa.
"TV plasma, eu comprei com ele, para comprar eu tinha certeza que ele, eu não sabia que ele tinha roubado, enquanto ele me vendia com caixa, caixa com fatura, é por isso que eu tinha certeza que na verdade eu posso comprar com ele, ele não comprou em qualquer sítio, me levou na casa dele, a familiar dele enquanto estava no momento, é por isso que eu tinha certeza de comprar aquilo. A quantos metros que era? Ele me vendia por valor de três mil, ele comprava cinco mil e quinhentos, é o que ele me disse." - declarou o suposto comprador.
A Polícia da República de Moçambique em Cabo Delegado manifestou a preocupação com o reaparecimento de redes criminosas formados por ex-detidos.
"Este é um fenômeno novo porque as instituições de detenção servem, ou melhor, serviriam de local para reeducar o cidadão, só que estamos a perceber que ao invés de haver esta mudança de comportamento que é para a reintegração na sociedade, estão-se a formar novos grupos, grupos estes que de forma isolada e às vezes conjunta têm desenhado novos planos de ações e têm semeado aquilo que é a desordem pública e o sentimento de insegurança a nível da nossa província." - manifestou a porta-voz
Pés de cabras e catanas são alguns instrumentos que os malfeitores têm usado para invadirem as residências. Para fazer face a esta ameaça, a PRM reforça a importância de colaboração da comunidade no combate à criminalidade, destacando que o envolvimento dos cidadãos é fundamental dada a limitação dos meios para a cobertura total da cidade e da província de forma geral. (MRTV)


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