ADIN e MozParks unem esforços para a industrialização do norte de Moçambique

 


As províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa vão transformar-se em polos de produção e montagem de peças destinadas às empresas que operam nos mega projectos de exploração de gás e mineração no norte de Moçambique. O plano integra o memorando de entendimento rubricado esta quarta-feira, em Pemba, entre a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) e a empresa MozParks, com financiamento assegurado pelo Banco Africano de Desenvolvimento.


A iniciativa, segundo as partes envolvidas, visa acelerar a industrialização da região norte, promover a transformação e o processamento local dos recursos naturais e reduzir a dependência de importações. A expectativa é também criar condições para que empresas nacionais assumam um papel mais activo nas cadeias de fornecimento ligadas aos grandes investimentos em curso.


De acordo com o diretor-geral da MozParks, Onório Manuel, só em Cabo Delgado estão previstos seis parques industriais, localizados nos distritos costeiros de Palma, Mocímboa da Praia e Pemba, além das zonas de Ancuabe, Balama e Montepuez. 


“Estimamos que teremos uma média de 15 parques a nível nacional, sendo que a maior parte estará na região norte”, afirmou, acrescentando que em Nampula foram já identificados distritos como Angoche, Larde onde se encontra o primeiro parque e Nacala, com outras áreas ainda em análise.


O presidente da ADIN, Jacinto Loureiro, destacou que o memorando representa um passo estratégico para consolidar o norte como polo industrial e logístico de referência no país. 


“Este acordo é para juntar sinergias, aproveitando os grandes projetos de gás e de outros sectores estratégicos que estão a instalar-se em Cabo Delgado, e assegurar que a parte moçambicana esteja preparada para acolher e fornecer indústrias que muitas vezes produzem fora do país aquilo que é utilizado localmente”, sublinhou.


Com a criação dos parques, espera-se não apenas atrair investimento e diversificar a economia da região, mas também gerar emprego e reforçar a capacidade de resposta de Moçambique face às exigências do sector energético e de mineração. A longo prazo, o projecto ambiciona colocar o norte do país no centro da cadeia de valor industrial ligada aos recursos naturais, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a inclusão das comunidades locais.(MRTV)

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